Paris, França
À sombra da Ópera, o hotel chama a atenção de imediato por sua fachada Belle Epoque preservada, adornada com detalhes em metal turquesa, padrões florais estilizados, painéis de mármore, sacadas de cobre e ferro forjado, e janelas arqueadas que já abrigaram vitrines, na época em que era uma loja de departamentos (mais sobre isso adiante). No interior, volumes imponentes e toques decorativos históricos servem como um elegante deleite visual.
Este é o primeiro empreendimento da rede Kimpton na França e estabelece um alto padrão em termos de design. Para começar, ele ocupa um edifício Art Déco tombado no histórico Boulevard des Capucines, construído pelo arquiteto Frantz Jourdain a pedido da família Cognacq-Jay em 1914 para abrigar a filial de luxo da loja de departamentos La Samaritaine. Grande parte do interior histórico da loja também permanece intacto, incluindo a imponente escadaria em espiral, as sacadas internas, os nichos no mezanino e os monumentais elevadores de época (que são mais decorativos: foram restaurados, mas não estão em uso).
Naturalmente, o projeto de design, liderado pelo aclamado designer local Charles Zana, atualiza com elegância o estilo Art Déco dos hotéis de luxo dos anos 1930. Zana convocou artesãos franceses para contribuir com a estética do pied-à-terre parisiense, desde cerâmicas e mosaicos de Pierre Mesguich, têxteis de Pierre Frey's Le Manach que recriam desenhos de arquivo do século XIX, até iluminação da Maison Lucien Gaud.
Há uma elegância suave nos 149 quartos e suítes do hotel, com uma decoração que realça todos os elementos cobiçados de Paris, como molduras intrincadas, trabalhos em madeira e pisos de parquet, com móveis contemporâneos desenhados por Zana. Poltronas em rosa empoeirado e azul pavão com almofadas de veludo multicoloridas adicionam um toque vibrante ao esquema de cores claras e off-white dos quartos (imagine: um sofá creme em forma de feijão, banheiro em mármore Carrara e cortinas preto e branco inspiradas em Chanel). Fiel ao estilo Kimpton, há uma noção claramente americana de conveniência, desde os tapetes de yoga nos quartos até as comodidades "esqueceu, nós temos", como pasta de dente, carregadores de celular portáteis e até um kit sensual.
Talvez o espaço mais "não parisiense" da propriedade seja o restaurante Montecito com 190 lugares, projetado por Humbert & Poyet, que transmite a descontração de Palm Springs. A sala de jantar principal é construída em torno de um pátio com uma parede verde digna de foto, e a mobília se destaca em uma refrescante paleta de cores litorâneas. O menu de inspiração californiana, com pratos que você dificilmente encontrará em outros hotéis parisienses, como tacos de peixe, bolinhos de caranguejo e Huevos Rancheros no café da manhã, foi cocriado pela desenvolvedora de receitas e autora americana Carrie Solomon.
Tudo isso faz dele um local ideal para jantar para viajantes que preferem uma experiência que misture sensibilidades parisienses e internacionais. Na primavera e no verão, o bar de cobertura Sequoia abre para as melhores vistas de toda a cidade e excelentes coquetéis artesanais (aulas de yoga também acontecem no terraço nos meses mais quentes). E, fiel à moda Kimpton, há um happy hour diário gratuito no hotel às 17h, com bebidas e petiscos.
É difícil encontrar algo mais histórico do que o Boulevard des Capucines, a dois passos da Ópera, da Place Vendôme e da Igreja da Madeleine, e a uma curta caminhada dos Jardins do Palais Royal e do Louvre. A proximidade das principais lojas de departamentos da cidade, Galeries Lafayette e Printemps, também facilita as compras.